O governo equatoriano alegou, neste sábado (6), que invadiu a embaixada do México em Quito
porque havia um "risco real de fuga iminente" do ex-vice-presidente Jorge Glas, preso pela polícia local durante a invasão.
Em coletiva de imprensa, a ministra de Relações Exteriores do Equador, Gabriela Sommerfeld disse que "a decisão do presidente da República foi tomada diante de um risco real de fuga iminente do cidadão requerido pela Justiça, em exercício de nossa soberania".
Na sexta-feira (5), policiais invadiram a embaixada mexicana para prender Glas, que tinha recebido asilo político do México. Neste sábado, ele foi transferido para uma penitenciária de segurança máxima . O caso repercutiu internacionalmente, e o México rompeu relações diplomáticas com o Equador.
Glas, preso por corrupção em um caso envolvendo a Odebrecht, estava na embaixada desde dezembro do ano passado, e alega sofrer perseguições da Procuradoria-Geral do Equador.
"O Governo Nacional cumpriu o mandado de prisão de Jorge Glas, emitido pelo Tribunal Nacional de Justiça e colocado sob as ordens das autoridades competentes. Para o Equador, nenhum delinquente pode ser considerado um perseguido político, quando foi condenado com sentença executada e com disposição de captura", disse a ministra equatoriana.
Gabriela Sommerfeld acrescentou, ainda, que a embaixada mexicana, que abrigou Glas, contribuiu para que o condenado violasse sua obrigação de se apresentar semanalmente à Justiça, "afetando assim as instituições democráticas do Equador, violando claramente o princípio fundamental de não intervenção nos assuntos internos de outros estados".
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