O vice-representante permanente da Rússia nas Nações Unidas (ONU), Dmitry Polyansky, disse que o país não deseja matar o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, e insinuou que, se esse fosse o objetivo, Moscou já o teria alcançado.
A declaração chega na esteira da repercussão de um bombardeio em Odessa durante um encontro entre Zelensky e o primeiro-ministro da Grécia, Kyriákos Mitsotákis, na última quarta-feira (6).
Na ocasião, um míssil teria caído a menos de 500 metros do comboio que transportava os dois líderes.
"Vocês acham mesmo que, se quiséssemos atingir o comboio de Zelensky, não teríamos conseguido? Tentem responder a esta pergunta, mas sejam honestos", declarou Polyansky, segundo a agência estatal russa Tass, em uma sessão do Conselho de Segurança da ONU.
Segundo o diplomata, o ataque mirou um centro de produção de drones onde eram "armazenados componentes fornecidos pelo Reino Unido". "Esse alvo era muito mais importante para nós do que Zelensky. Se algum de vocês espera se livrar do líder de regime de Kiev desta maneira, devo decepcioná-los: isso não está nos nossos planos", assegurou.