Benjamin Netanyahu durante visita à Faixa de Gaza
Reprodução/Twitter/IsraeliPM
Benjamin Netanyahu durante visita à Faixa de Gaza

Israel lançará a  ofensiva anunciada contra o Hamas na cidade de Rafah em março se o grupo islâmico palestino não libertar os reféns que mantém em Gaza até o início do Ramadã, alertou o ministro israelense Benny Gantz, membro do gabinete de guerra, neste domingo (18).

"Se os nossos reféns não estiverem em casa até o Ramadã, os combates continuarão em todo o lado, incluindo a área de Rafah", disse Gantz, numa conferência de líderes judeus americanos em Jerusalém.

O mês sagrado muçulmano do Ramadã deve começar em 10 de março.

É a primeira vez que o governo israelense fixa um prazo para o ataque à cidade onde se refugia a maior parte dos 1,7 milhão de palestinos deslocados.

Os governos estrangeiros, temendo a carnificina, instaram Israel a evitar atacar Rafah, a última cidade da Faixa de Gaza que não foi invadida por tropas terrestres na guerra.

Apesar da pressão internacional, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, insiste que a guerra não pode terminar sem entrar em Rafah.

Na mesma conferência de Jerusalém, Netanyahu reafirmou a sua promessa de "terminar o trabalho até a vitória total" sobre o movimento islâmico, com ou sem um acordo sobre os reféns.

Gantz acrescentou que a ofensiva será realizada de forma coordenada para  facilitar a evacuação e "minimizar as vítimas civis na medida do possível".

Mas ele não deixou claro para onde os civis seriam realocados na sitiada Faixa de Gaza.

Entretanto, os mediadores internacionais têm tentado negociar um acordo de trégua há semanas, embora o Qatar tenha admitido no fim de semana que as perspectivas de tal acordo diminuíram.

Os Estados Unidos, principal aliado de Israel, pressionaram por uma trégua de seis semanas em troca da libertação de 130 reféns que Israel acredita permanecerem em Gaza, incluindo 30 que teriam morrido.

Cerca de 250 pessoas foram detidas em 7 de outubro, quando combatentes do Hamas lançaram um ataque sem precedentes contra Israel, que deixou 1.160 mortos, segundo um balanço da AFP baseado em números israelenses.

A resposta militar de Israel deixou pelo menos 28.858 mortos, a maioria mulheres e crianças, segundo o Ministério da Saúde de Gaza, território governado pelo Hamas.

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