O ministério paquistanês das Relações Exteriores confirmou, nesta quarta-feira (16), que duas crianças morreram e três ficaram feridas em bombardeios aéreos iranianos considerados "ilegais". A pasta informou ter convocado o representante do Irã em Islamabad para protestar contra o que descreveu como "uma violação injustificada de seu espaço aéreo".
O ministério destacou a total inaceitabilidade da violação da soberania do Paquistão, alertando para possíveis consequências sérias. Este é o terceiro ataque com mísseis realizado pelo Irã na semana, sendo os dois anteriores na Síria e no Iraque.
O bombardeio em território paquistanês, ocorrido na noite de terça-feira, resultou na morte de dois meninos e ferimentos em três meninas, conforme relatou a pasta. Até o momento, não houve comentários por parte das autoridades iranianas. Apesar das frequentes acusações mútuas entre Irã e Paquistão sobre apoio a militantes para lançar ataques além da fronteira, confrontos diretos entre as forças oficiais são incomuns.
Além disso, o Irã realizou um ataque com mísseis contra a Síria na segunda-feira, justificado como retaliação a dois atentados suicidas ocorridos em Kerman, cidade iraniana, durante uma procissão. O Estado Islâmico (EI) reivindicou a responsabilidade pelos atos. O governo iraniano afirmou que os alvos do ataque eram terroristas. Quanto aos mísseis lançados contra o Iraque, a Guarda Revolucionária do Irã afirmou que visavam 'centros de espionagem' de Israel.