Sanções contra o Hamas: França congela bens do líder do grupo em Gaza

Medida vale por seis meses, segundo decreto publicado nesta terça (5)

Caminhões de ajuda humanitária em Gaza durante cessar-fogo temporário
Foto: Reprodução / FDI - 26.11.2023
Caminhões de ajuda humanitária em Gaza durante cessar-fogo temporário

A França decretou um congelamento dos bens do líder do Hamas em Gaza,  Yahya Sinouar, que é considerado o idealizador do  ataque surpresa do grupo extremista islâmico contra Israel em 7 de outubro. A definição vale por seis meses, conforme decreto publicado nesta terça-feira (5) no Diário Oficial francês.

"Os fundos e recursos econômicos que pertencem, estão em posse, detidos ou controlados por Yahya Sinouar [...] estão sujeitos a uma medida de congelamento de bens", afirma o despacho do ministro francês da Economia, Bruno Le Maire, de 30 de novembro, que passa a valer nesta terça.

De acordo com as investigações, Yahya Sinouar, de 61 anos, é o idealizador dos ataques que deram início ao conflito no Oriente Médio, quando  centenas de membros do Hamas invadiram kibutz, bases militares e um festival em Israel, deixando 1,2 mil mortos — sendo a maioria civis, segundo Israel.

De acordo com o Hamas, no entanto, os bombardeios por parte de Israel como contraofensiva já deixaram quase 16 mil mortos, especialmente civis, em Gaza.

No mês passado, a secretária de Estado francês para a Europa, Laurence Boone, já havia pedido que  sanções europeias fossem estabelecidas contra altos funcionários do Hamas, principalmente financeiros, que poderiam atuar como congelamento de ativos.

Em decreto semelhante, de 13 de novembro, Paris havia anunciado que congelaria os bens de Mohammed Deif, que lidera o ramo militar do Hamas e está na lista norte-americana dos "terroristas internacionais" mais procurados desde 2015, por seis meses.

Já Londres, impôs sanções como congelamento de bens, embargos de armas e proibições de viagens contra seis pessoas ligadas ao grupo: quatro líderes do Hamas e dois acusados de financiar a organização, incluindo Mohammed Deif e Yahya Sinouar.