Repórter foi surpreendido com bombardeio ao vivo
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Repórter foi surpreendido com bombardeio ao vivo

O Comitê de Proteção à Jornalistas (CPJ) anunciou nesta terça-feira (14) que a guerra entre Israel e o grupo armado palestino Hamas é a  mais letal para jornalistas desde 1992, quando o grupo começou a registrar trabalhadores da mídia vítimas de conflitos armados. 

Segundo o CPJ, desde 7 de outubro, quando o Hamas deu início à guerra, pelo menos 42 jornalistas foram mortos e nove estão feridos. 

“42 jornalistas e trabalhadores da mídia foram confirmados como mortos: 37 palestinos, quatro israelenses e um libanês. Nove jornalistas ficaram feridos. Três jornalistas foram dados como desaparecidos. Treze jornalistas foram presos”, afirmou o grupo em comunicado.

Os jornalistas que cobrem a guerra também sofreram “múltiplos ataques, ameaças, ataques cibernéticos, censura e assassinatos de familiares”.

“Jornalistas de toda a região estão a fazer grandes sacrifícios para cobrir este conflito doloroso”, disse Sherif Mansour, coordenador do programa do CPJ para o Médio Oriente e Norte de África, num comunicado.

“Aqueles em Gaza, em particular, pagaram, e continuam a pagar, um preço sem precedentes e enfrentam ameaças exponenciais. Muitos perderam colegas, familiares e meios de comunicação social e fugiram em busca de segurança quando não há porto seguro ou saída”, disse ele.

Clique  aqui para ver a lista de jornalistas mortos no conflito. 

"Sua vida importa mais que o noticiário"

Nesta segunda, uma jornalista libanesa foi alvo de um bombardeio enquanto reportava ao vivo para sua emissora, na cidade de Yaroun, perto da fronteira entre Israel e o Líbano. 

O Exército Israelense não confirmou a autoria do ataque. A região é alvo de intensas trocas de tiros e bombardeios entre as Forças de Defesa de Israel e o Hezbollah, grupo armado libanês. 

Assim que a jornalista e o operador de câmera presenciaram a explosão, ela tentou seguir com o noticiário, mas o âncora pede para que ela interrompa a fala e que ambos busquem abrigo. "Suas vidas importam mais que o noticiário", disse ele. Veja:

No domingo, um jornalista da TV Al Ghad estava fazendo uma reportagem ao vivo do lado de fora do Hospital Indonésio, no norte da Faixa de Gaza, quando ocorreu uma grande explosão e pessoas puderam ser vistas nas imagens correndo para se proteger.

Localizada no norte de Gaza, Beit Lahia é a cidade onde está o Hospital da Indonésia, que atualmente sofre com falta de energia e escassez de insumos, assim como todas as unidades de saúde do norte do enclave. 

Veja  aqui o vídeo. 

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