Netanyahu e seu filho, Yair
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Netanyahu e seu filho, Yair

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu , tem sido criticado quanto à sua condução da guerra contra o grupo armado palestino Hamas , entre as atitudes reprovadas, está a de ter deixado seu filho Yair Netanyahu, de 32 anos, fora da lista de 360 mil reservistas convocados para lutar no conflito. Yair está Miami, nos Estados Unidos, desde abril. 

Yair cursou o ensino médio em teatro, cumpriu o serviço militar obrigatório em Israel, mas trabalhou na unidade de comunicação das Forças Armadas, em vez de assumir papel de combate.

"Yair está aproveitando a vida em Miami Beach enquanto eu estou na linha de frente", disse ao jornal britânico The Times um soldado servindo na frente norte de Israel, fronteira com o Líbano.

“Somos nós que estamos abandonando o nosso trabalho, as nossas famílias, os nossos filhos, para proteger o nosso país, e não as pessoas responsáveis ​​por esta situação”, disse ele.

“Nossos irmãos, nossos pais, filhos, estão todos indo para a linha de frente, mas Yair ainda não está aqui. Não ajuda a construir confiança na liderança do país”, continuou ele.

Outro reservista, que regressou dos Estado Unidos para Israel, também manifestou a mesma preocupação.

“Não posso ficar lá e abandonar o meu país, o meu povo, neste momento crítico. Onde está o filho do primeiro-ministro? Por que ele não está em Israel? É o momento de maior união para nós, como israelenses, na nossa história recente e cada um de nós deveria estar aqui agora, incluindo o filho do primeiro-ministro”, disse ele.

Nas redes sociais, circulam fotos do filho do primeiro-ministro em um clube na Florida, enquanto o conflito chega ao seu 18º dia. Veja:


Serviço militar

Os cidadãos israelenses são obrigados a servir nas forças armadas quando completam 18 anos de idade, com os homens servindo por 32 meses e as mulheres por 24 meses.

Após o serviço inicial, muitos indivíduos podem ser chamados de volta para servir em unidades de reserva até aos 40 anos ou mais, especialmente em caso de emergência nacional, durante a qual podem ser destacados ao lado de tropas regulares em tempos de conflito.

Condução da guerra

O principal jornal israelense, Haaretz, publicou um editorial responsabilizando o primeiro-ministro de Israel, Benjamim Netanyahu, pelos ataques do Hamas.

O jornal diz que decisões de um "governo de anexação e desapropriação", tomadas por ministros de extrema-direita e antiárabes, levaram à explosão de uma reação violenta. 

“O primeiro-ministro, que se vangloria da vasta experiência política e da sabedoria insubstituível em matéria de segurança, falhou completamente em identificar os perigos a que conscientemente direcionava Israel, ao estabelecer um governo de anexação e desapropriação, ao indicar Bezalel Smotrich [ministro das Finanças] e Itamar Ben-Gvir [ministro da Segurança Nacional, da extrema-direita] para postos-chave, enquanto adotava uma política externa que abertamente ignorava a existência e os direitos dos palestinos”, diz o texto.

O editorial ainda avalia que falhas na inteligência israelense ainda serão apontadas conforme as investigações avançam, o que recairá sobre os ombros de Netanyahu. 

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