Netanyahuestá em seu terceiro mandato à frente de Israel
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Netanyahuestá em seu terceiro mandato à frente de Israel

O principal jornal israelense, Haaretz, publicou um editorial responsabilizando o primeiro-ministro de Israel, Benjamim Netanyahu, pelos ataques do Hamas , no último sábado (7), que puseram o país em guerra e já deixaram mais de 1.300 mortos. 

O jornal diz que decisões de um "governo de anexação e desapropriação", tomadas por ministros de extrema-direita e antiárabes, levaram à explosão de uma reação violenta. 

“O primeiro-ministro, que se vangloria da vasta experiência política e da sabedoria insubstituível em matéria de segurança, falhou completamente em identificar os perigos a que conscientemente direcionava Israel, ao estabelecer um governo de anexação e desapropriação, ao indicar Bezalel Smotrich [ministro das Finanças] e Itamar Ben-Gvir [ministro da Segurança Nacional, da extrema-direita] para postos-chave, enquanto adotava uma política externa que abertamente ignorava a existência e os direitos dos palestinos”, diz o texto.

O editorial ainda avalia que falhas na inteligência israelense ainda serão apontadas conforme as investigações avançam, o que recairá sobre os ombros de Netanyahu. 

O texto lembra que o premier mais longevo da história do país começou seus governos prezando pela paz, mas a vitória nas últimas eleições o levou a mudar sua trajetória. 

“Após sua vitória na última eleição, ele substituiu esta cautela pela política de um ‘governo totalmente de direita’ com passos claros tomados para anexar a Cisjordânia, de levar adiante limpeza étnica em partes da área-C definida pelos Acordos de Oslo, incluindo as Colinas de Hebron e o Vale do Jordão”.

O que aconteceu

O grupo sunita bombardeou o sul israelense com mais de 5 mil foguetes em um ataque surpresa chamado de operação “Dilúvio de Al-Aqsa”. 

O primeiro ministro israelense Benjamin Netanyahu declarou guerra ao grupo após o ataque. "Estamos em guerra e vamos vencer. O inimigo pagará um preço que nunca conheceu", diz Netanyahu em uma mensagem de vídeo divulgada nas redes sociais.

Além do ataque aéreo, militantes do grupo se infiltraram em território israelense por água e terra em uma incursão sem precedentes com homens armados no sul do país. O exército israelense afirmou também que um "número indeterminado de terroristas" na Faixa de Gaza. 

Há relatos não confirmados de sequestros. Em resposta aos ataques, Israel começou a atacar alvos em Gaza. 

Israel respondeu com bloqueio de comida, combustível e eletricidade à Faixa de Gaza, além de bombardeios aéreos. 

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