O Ministério da Saúde palestino afirmou nesta sexta-feira (13) que a ordem de Israel para que cidadãos palestinos evacuassem a parte norte da Faixa de Gaza
"enganou os cidadãos" com o objetivo de "duplicar os crimes".
Mais cedo, o grupo armado palestino Hamas havia afirmado que Israel bombardeou veículos de cidadãos de Gaza que estavam tentando fugir para o sul, conforme ordenado. Agora, o ministério alega que 200 palestinos foram mortos ou feridos nesses ataques.
"Três ambulâncias foram alvejadas e 10 de seus tripulantes ficaram feridos durante a evacuação dos feridos", diz o ministério. "A ocupação israelita continua a atacar e a matar pessoal médico e de ambulâncias durante as suas missões humanitárias para evacuar as vítimas da agressão, que levou à morte de 15 profissionais médicos e ao ferimento de outras 27 pessoas", completa a pasta.
Sistema de saúde colapsado
Tanto o Ministério da Saúde local quanto a Organização Mundial da Saúde (OMS) já alertaram que o sistema de saúde de Gaza está colapsado devido ao cerco total imposto por Israel, que impede a entrada de medicamentos, combustível e suprimentos médicos, assim como proíbe a retirada de pacientes feridos.
Nesta sexta-feira, o ministério informou que o combustível que alimenta os geradores elétricos dos hospitais está "prestes a acabar".
"O Ministério da Saúde dá o alarme devido ao esgotamento das suas capacidades farmacêuticas e de combustíveis e à plena ocupação dos leitos dos departamentos, unidades de terapia intensiva e salas de cirurgia, e confirma que o que está por vir é pior", diz a pasta. "Exigimos ação imediata para abrir um corredor seguro para garantir a chegada de material médico, combustível, delegações, camas e ambulâncias, e para permitir a partida de centenas de feridos e doentes antes que seja tarde demais", completa.
Nesta sexta, a pasta confirmou que há 7.696 cidadãos palestinos feridos, incluindo 2 mil crianças e 1,4 mil mulheres.