Presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante discurso na ONU
Ricardo Stuckert
Presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante discurso na ONU

O ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, comanda nesta sexta-feira (13), em Nova York, uma reunião do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) convocada pelo Brasil para falar do conflito no Oriente Médio.

O evento começa às 10h (horário local) e o foco é a situação humanitária na Faixa de Gaza, ameaças à segurança e à paz mundial e desdobramentos do confronto entre Israel e Hamas. A reunião, que teve envolvimento direto do presidente Lula na convocação dos outros membros do conselho, acontece depois do Brasil receber o aval dos cinco membros permanentes do órgão: China, Estados Unidos, França, Reino Unido e Rússia.

Na última quarta-feira (11), o presidente Lula fez um apelo ao secretário-geral da ONU, António Guterres, e à comunidade internacional, em defesa das crianças palestinas e israelenses. A articulação para que a reunião desta sexta-feira aconteça se dá no momento em que o Brasil está no comando do Conselho de Segurança. O país ocupa uma das 10 vagas do Conselho para membros não permanentes, e assumiu a presidência rotativa no início de outubro, em um mandato que segue até o fim deste ano.


Intensificação do conflito e vítimas

Após intensificar o bombardeio contra a Faixa de Gaza, nos últimos dias, o Ministério da Defesa de Israel informou que pretende ocupar o território por terra, o que pode ampliar o número de vítimas civis.

A Embaixada de Israel em Washington informou que o número de mortos nos ataques do Hamas no fim de semana passa de mil. Os mortos são, em sua maioria, civis, baleados em casas, nas ruas e em uma festa ao ar livre, que ocorria a poucos quilômetros da fronteira com a Faixa de Gaza.

Já o Ministério da Saúde de Gaza disse que os ataques aéreos retaliatórios de Israel tiraram a vida de pelo menos 830 pessoas e feriram mais de 4,3 mil até esta terça-feira. A ONU afirmou que mais de 180 mil habitantes de Gaza ficaram desabrigados, muitos deles amontoados nas ruas ou em escolas. Além disso, pelo menos 11 funcionários da organização morreram em Gaza nos últimos dias, em decorrência dos ataques israelenses.


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