Os partidos da coalizão do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, aprovaram nesta terça-feira (10) uma proposta para "estabelecer um governo nacional de emergência" com representantes da atual oposição.
A medida foi divulgada pelo Likud, partido do atual premiê, e foi tomada em resposta à ofensiva deflagrada de surpresa pelo grupo fundamentalista Hamas no fim de semana passado.
Desde o início da guerra, alguns partidos de centro-esquerda chegaram a se oferecer para se unir a Netanyahu, na tentativa de apoiar o país em conflito.
De acordo com o comunicado, até o ministro da Segurança Nacional, Itamar Bem Gvir - do Poder Judiciário -, que anteriormente havia manifestado oposição à ideia, finalmente aceitou a decisão.
Ontem, durante discurso televisionado, Netanyahu pediu para os líderes da oposição formarem "imediatamente um governo de emergência de união nacional sem condições prévias".
O mesmo procedimento já foi adotado às vésperas da Guerra dos Seis Dias, em 1967, que reconfigurou as fronteiras do país com a anexação de territórios egípcios e sírios. "As divisões entre nós acabaram. Estamos todos unidos. E quando estamos unidos, vencemos", acrescentou o premiê.
O novo conflito entre Israel e Hamas, o pior em 50 anos, entrou no seu quarto dia com um balanço de quase 2 mil mortos . As Forças Armadas israelenses lançaram, inclusive, uma nova série de ataques em larga escala contra o grupo palestino.