Marina Ovsyannikova, de 45 anos, exibiu um cartaz criticando a invasão russa na Ucrânia durante transmissão ao vivo em televisão
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Marina Ovsyannikova, de 45 anos, exibiu um cartaz criticando a invasão russa na Ucrânia durante transmissão ao vivo em televisão

repórter russa que protestou contra a guerra na Ucrânia durante transmissão ao vivo em uma TV estatal foi condenada a oito anos de prisão por espalhar "notícias falsas" sobre o Exército russo.

Em março de 2022,  Marina Ovsyannikova, de 45 anos, apareceu exibindo uma cartaz de protesto durante um noticiário noturno, com os dizeres "Parem a guerra" e "Eles estão mentindo para você". Quatro meses depois, a repórter foi condenada por outro protesto que fez fora do Kremlin. Na ocasião, ela segurava uma faixa com os escritos "Putin é um assassino. Seus soldados são fascistas".

De acordo com a procuradoria de Moscou, "o tribunal condenou Ovsyannikova a oito anos e seis meses de prisão, a serem cumpridos numa colônia penal de regime geral".

Marina, no entanto, não compareceu à sentença e fugiu da Rússia no ano passado, após escapar da prisão domiciliar com sua filha de 11 anos, em direção à Europa. A "fuga" se deu duas semanas após as autoridades russas colocarem o nome da mulher na lista de procurados, sugerindo que ela estaria foragida.

Antes da sentença que a condenou, Marina disse que as acusações contra ela são "absurdas e com motivação política". "Eles decidiram me açoitar por não ter medo e por chamar as coisas pelos seus nomes", disse ela nessa terça (3).

"Claro, não admito minha culpa. E não nego nenhuma de minhas palavras. Fiz uma escolha moral muito difícil, mas a única correta em minha vida, e já paguei um preço alto o suficiente por isso", acrescentou Marina.

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