Zelensky alerta para ofensivas russas contra a infraestrutura ucraniana do setor energético
Divulgação/Governo da Ucrânia
Zelensky alerta para ofensivas russas contra a infraestrutura ucraniana do setor energético


O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky , afirmou neste domingo (30) que seu país está ficando cada vez mais forte no conflito contra a Rússia e que a guerra está, aos poucos, voltando para o território russo. 

"A Ucrânia está ficando mais forte. Aos poucos, a guerra está voltando ao território da Rússia - aos seus centros simbólicos e bases militares, e este é um processo inevitável, natural e absolutamente justo", disse o líder ucraniano durante visita a Ivano-Frankivsk, em Prykarpattia.


Zelensky, no entanto, alerta para a possibilidade das Forças Armadas de Moscou atacarem a infraestrutura de energia ucraniana. Diante disso, ele afirmou que as mais diversas regiões do país devem estar preparadas para ofensivas que possam acontecer nos meses mais frios. 

"A prioridade número um é a defesa, proteção do estado e das pessoas. Tenho certeza de que todos no terreno já ouviram isso. Abrigos e fortificações, assistência às brigadas, assistência às famílias dos heróis, protecção dos deslocados internos - as autoridades locais têm recursos para fazer tudo isto", ressaltou. 

Mudança do feriado do Natal

Com o objetivo de cada vez mais desvilcular se desvilcular da cultura russa,  Zelensky sancionou uma lei nesta quinta-feira (27) que muda o feriado do Natal no país para o dia 25 de dezembro. Antes, os ucranianos seguiam a tradição da Igreja Ortodoxa da Rússia, que celebra o feriado no dia 7 de janeiro. 

"A população ucraniana esteve por muito tempo sujeita à ideologia russa em quase todas as esferas da vida, inclusive com o calendário juliano e a celebração do Natal em 7 de janeiro", ressaltou uma nota do Parlamento ucraniano. 

“A luta incansável e bem-sucedida por sua identidade contribui para o desejo de todo ucraniano de viver sua própria vida com suas próprias tradições e feriados", complementou o comunicado. 

Mesmo com esta importante decisão anunciada somente nesta ano, parte da Igreja Ortodoxa da Ucrânia já havia rompido com as tradições russas em 2019 diante da anexação da Crimeia e o apoio a grupos separatistas do leste ucraniano.

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