Protesto no Irã contra a morte de Mahsa Amini
Unsplash/Artin Bakhan
Protesto no Irã contra a morte de Mahsa Amini


Dez meses após a morte da jovem curdo-iraniana Mahsa Amini , presa acusada de não usar o véu islâmico corretamente, o Irã retomou neste domingo (16) as patrulhas da polícia da moralidade para punir mulheres sem hijab em locais públicos.

O porta-voz da polícia local, Saeed Montazermahdi, declarou que "quem não respeitar as regras vai ser abordado e processado na justiça".

Nos últimos dias, circularam nas redes sociais imagens mostrando policiais femininas usando chador - vestes que cobrem o corpo todo, com exceção do rosto - e prendendo mulheres sem véu, segundo a AFP, que ressalvou que não pôde verificar a autenticidade das imagens.


As patrulhas, instituídas após a Revolução Islâmica, em 1979, não eram vistas desde a morte de Mahsa, que desencadeou uma série de protestos sem precedentes em todo o país, especialmente em outubro e novembro do ano passado.

Centenas de pessoas, incluindo membros das forças de segurança, foram mortas, e milhares acabaram presas.

Desde então, cada vez mais mulheres aderiram ao movimento de sair com os cabelos descobertos, especialmente na capital Teerã e outras grandes cidades.

Em resposta, as autoridades instalaram câmeras nas ruas para rastrear mulheres que desafiam a proibição.

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