Presidente do Irã afirmou que não terá
Divulgação/Governo do Irã
Presidente do Irã afirmou que não terá "piedade" de manifestantes

Neste sábado (7), o Irã anunciou o enforcamento de dois homens condenados pela morte de um agente da milícia Basij, subordinada à Guarda Revolucionária, durante um dos protestos que tomam conta do país. O assassinato teria ocorrido em 3 de novembro em Karaj, cidade na periferia de Teerã. 

Com essas duas novas execuções, sobe para quatro o número de manifestantes mortos pelas autoridades iranianas desde o início dos protestos em setembro do ano passado, após a morte da jovem Mahsa Amini.

"Mohammad Mahdi Karami e Seyyed Mohammad Hosseini, os principais autores do crime que levou ao martírio de Ruhollah Ajamian, foram enforcados na manhã de sábado", afirmou a agência de notícias do Judiciário iraniano Mizan Online.

De acordo com o site, os homens foram condenados à morte em 4 de dezembro por um tribunal de primeira instância, mas o veredito foi confirmado somente no último dia 3 de janeiro pela Suprema Corte do Irã.

Protestos no Irã

Protestos tomam conta das ruas do Irã desde 16 de setembro , após a morte de Mahsa Amini, de 22 anos, que foi presa pela  polícia da moralidade após violar o código de vestimenta da República Islâmica e não usar o véu de "maneira correta". Ela morreu durante sua detenção.

No início de dezembro, um jovem de 23 anos foi enforcado no Irã pelo assassinato de dois agentes de segurança islâmicos, os bassidjis. Na semana anterior,  Mohsen Shekari foi o primeiro manifestante executado no país acusado de ter esfaqueado um membro das forças de ordem durante protesto.

Após o ocorrido, organizações de direitos humanos —  que já vêm denunciando a violência e repressão das autoridades contra manifestantes no país — disseram que o julgamento foi apressado e pontuaram o fato de o acusado não ter tido o direito de escolher o próprio advogado.

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