A descoberta veio após o paciente começar a vomitar sem parar depois de uma refeição que incluía o animal no prato
Instituto Jam Press/AGA
A descoberta veio após o paciente começar a vomitar sem parar depois de uma refeição que incluía o animal no prato

A equipe médica dos Hospital Tan Tock Seng, compartilhou um caso inusitado. Os médicos encontraram na garganta de um paciente do pronto-socorro um polvo. O caso ocorreu em Singapura, após o homem, que não foi identificado, chegar ao hospital com desconforto na garganta.

O homem é cozinheiro no país, e começou a desconfiar do desconforto após começar a vomitar e ter dificuldades de engolir. Os sintomas começaram depois de uma refeição que incluía o cefalópode. A situação o fez procurar o hospital.

Na emergência, a equipe médica fez uma endoscopia — um exame que consiste em um tubo pequeno e flexível com uma câmera na ponta, que passa pelo sistema digestório do paciente. No exame, foi possível ver os tentáculos do pequeno polvo, a cerca de dois centímetros da borda do esôfago.

Procedimento

Os médicos tentaram inicialmente empurrar o polvo ou extraí-lo, mas sem sucesso em ambas tentativas. Então, eles utilizaram o aparelho endoscópio para passar pelo octópode, chegando ao estômago, e fizeram uma retroflexão para conseguir agarrar a cabeça do animal com um fórceps e, assim, retirá-lo do paciente.

O cozinheiro conseguiu se recuperar do processo cirúrgico e passa bem. Ele ficou internado por dois dias, e já recebeu alta.

A equipe médica disse ao New York Post que "a 'técnica push' é o principal método recomendado com altas taxas de sucesso, porém a aplicação de força excessiva pode causar perfuração esofágica".

Outros casos

Essa não é a primeira vez que um cefalópode fica preso na garganta de um paciente. Em 2016, um garoto de 2 anos no Kansas foi hospitalizado após uma "sessão de sushi que deu errado". 

Além dele, cerca de seis pessoas morrem por ano por comer sannakji, um prato da Coreia do Sul que leva o animal vivo na preparação.

Os casos fatais acontecem, geralmente, quando as ventosas do animal aderem as laterais da garganta. Isso faz com que as vítimas acabem se asfixiando. O risco aumenta nos caso em que o tentáculo é cortado longo ou o polvo é comido inteiro. Este preparo é feito desta forma para que o shoyo penetre melhor. 

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