O estado de Pernambuco confirmou a décima ocorrência do superfungo nesta terça-feira (4). No Brasil, o primeiro caso foi identificado em 2020 , e houve um aumento dos números ao longo da pandemia, em 2021 e 2022. Mas o que se sabe atualmente sobre o Candida aurius , conhecido como superfungo?
O que é?
O superfungo foi registrado pela primeira vez em 2009, no Japão. Ele se tornou uma preocupação mundial por conta da grande resistência contra medicamentos, alta taxa de mortalidade e longa permanência nos ambientes pela dificuldade de desinfecção.
Principais vítimas e focos de contaminação
O lugar mais comum de contaminação é o hospital, por isso, o superfungo acomete em geral pacientes graves, que permanecem por longos períodos em UTIs.
Proliferação
A transmissão acontece através do contato direto com objetos ou pessoas infectadas, o que tem preocupado especialistas e órgãos da saúde no mundo inteiro.
Apesar de pertencer ao reino Candida, que já é amplamente conhecido na área da saúde, o combate do superfungo não é simples como o da Candida albicans (fungo causador da candidíase), que pode ser tratado com fungicidas de farmácia.
Essa espécie produz um ‘biofilme’, camada que a protege do fluconazol, da anfotericina B e do equinocandina, três dos principais fungicidas — o que dificulta seu tratamento.
Como ele age?
Em princípio, o paciente com superfungo é assintomático. Ele se torna uma preocupação caso haja infecção no sangue. Em contato com a corrente sanguínea, o Candida auris pode desencadear problemas no sistema respiratório, sistema nervoso central, órgãos internos e pele, podendo ser até letal em alguns casos.
Como você pode se prevenir?
O número de casos encontrados acende o alerta para que o cuidado com a limpeza e desinfecção de equipamentos hospitalares seja ainda mais criteriosa. Por isso, o ideal é sempre higiene as mãos corretamente, fazer o uso adequado de materiais de proteção e manter a limpeza de ambientes com pacientes infectados, no caso dos profissionais da saúde.