Polícia encontrou objetos que pertenciam às crianças que desapareceram após acidente de avião na Amazônia
Divulgação/Fuerzas Militares de Colombia
Polícia encontrou objetos que pertenciam às crianças que desapareceram após acidente de avião na Amazônia

As autoridades militares colombianas e os indígenas ajudam nas buscas pelas  quatro crianças desaparecidas após a queda de um avião na parte colombiana da Floresta Amazônica encontraram indícios de que elas possam estar vivas.

Segundo o jornal El Pais , nas últimas horas, o Exército disse ter achado, em dois lugares diferentes, fraldas, um acessório para celular, uma toalha e um par de tênis a cerca de 600 metros do local onde o avião caiu.

Os vestígios encontrados, conforme os militares, são indicativos de que as crianças estão vivas, 23 dias após o acidente de avião que levou à morte de três adultos.

Além disso, os investigadores encontraram um abrigo construído com galhos, onde havia um tesoura, um prendedor de cabelo e uma maçã mordida. As autoridades acreditam que os irmãos conseguiram sobreviver à queda da aeronave sem ferimentos graves. 

De acordo com as informações, não foram encontrados vestígios de sangue no entorno.

"Isso encoraja o esforço titânico da Operação Esperança, onde mais de 350 colombianos, incluindo instituições estatais, população civil e comunidades, usam todas as suas capacidades tecnológicas, conhecimentos e experiências para desafiar o impossível e trazer de volta as quatro crianças", afirmou o Exército colombiano.

Crianças ainda não foram localizadas

Um dia após  anunciar que as quatro crianças desaparecidas após a queda de um avião na parte colombiana da Floresta Amazônica haviam sido localizadas, o governo do país retificou a informação e  disse não saber onde elas estão.

No último dia 18, Astrid Cáceres, a presidente do Instituto de Bem-Estar da Família, agência do governo da Colômbia responsável por crianças e que coordena buscas com as Forças Armadas do país, havia afirmado que as crianças tinham sido localizadas, estavam vivas e em uma aldeia indígena da região, de difícil acesso.

Cáceres, porém, voltou atrás e disse não saber onde elas estão.  "Quem dera soubéssemos onde estão as crianças. Por isso estamos em operação de busca. A Operação Esperança (como foi batizada a mobilização que procura pelos sobreviventes) está nos dando luzes", afirmou, em entrevista à rádio colombiana Caracol.

Entenda o caso

As crianças, que são indígenas da etnia huitoto e irmãs, estavam em um avião que caiu no dia 1° de maio e levou à morte de três adultos. Um dos três corpos encontrados é da mãe dos jovens. Outra vítima é um dos líderes da comunidade indígena.

As buscas seguem por Lesly Jacobombaire Mucutuy, de 13 anos; Soleiny Jacobombaire Mucutuy, de 9 anos; Tien Noriel Ronoque Mucutuy, de 4 anos; e Cristin Neriman Ranoque Mucutuy, de 11 meses. O acidente ocorreu na província de Caquetá, localizada ao sul da Colômbia.

A aeronave que caiu era do modelo Cessna 206, decolou de Araracuara e tinha como destino a cidade de San Jose del Guaviare. Pouco depois da decolagem, o piloto informou ao centro de controle que estava com problemas no motor do avião e emitiu um alerta de socorro antes do veículo sumir dos radares.

O caso teve grande repercussão na Colômbia e há dias se especula se as crianças seriam encontradas com vida, já que apenas os corpos dos três adultos foram localizados.

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