Ministro da Defesa da Rússia, Sergey Shoigu, e presidente russo, Vladimir Putin
Gabinete de Imprensa e Informação Presidencial/Kremlin - 24.03.2022
Ministro da Defesa da Rússia, Sergey Shoigu, e presidente russo, Vladimir Putin

O ministro de Defesa da Rússia, Sergei Shoigu, fez afirmações sobre as tropas de aeronaves bielorrussas nesta terça-feira (04). Segundo o chefe da pasta russa, a frota foi atualizada para que fosse possível fazer ataques nucleares. A medida veio após a expansão da OTAN.

Shoigu disse que "parte da aeronave de ataque bielorrussa adquiriu a capacidade de atacar alvos inimigos com armas nucleares", acrescentando que o "sistema de mísseis tático-operacional Iskander-M foi entregue às Forças Armadas da Bielo-Rússia. Ele pode usar mísseis convencionais e nucleares". Ele afirmou que as tropas seguem sendo treinadas pelo sistema Iskander na Rússia. 

O ministro disse que tal decisão de capacitar nuclearmente a Bielo-Rússia surge em resposta à expansão que vem ocorrendo pela OTAN em direção da fronteira com a Rússia. O último país a se juntar a aliança foi a Finlândia.

Os Estados Nórdicos compartilham cerca de 1.300 quilômetros com a Rússia. Segundo o ex-primeiro-ministro da Noruega e secretário-geral da OTAN, Jens Stoltenberg, as tropas da aliança ficariam estacionadas na Finlândia apenas com o consentimento do país. Entretanto, Shoigu afirma que as "medidas retaliatórias" tinham como objetivo "defender a segurança do Estado da União”.

"A OTAN está realizando um conjunto de medidas para aumentar a prontidão de combate das Forças Armadas Conjuntas, intensificando o treinamento de combate e as atividades de reconhecimento perto das fronteiras da Rússia e da Bielo-Rússia. Num futuro próximo, a Finlândia se tornará membro da aliança", completou.

O presidente da Rússia, Vladmir Putin, anunciou ainda que o país concluirá a construção de uma base para armazenamento de armas nucleares táticas na Bielo-Rússia antes de julho. Stoltenberg reforçou que a aliança não percebeu nenhuma mudança na postura nuclear da Rússia. Ele diz que ainda não há motivos para ajustar a própria postura neste momento.

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