A República da Guiné Equatorial confirmou hoje (14) o primeiro surto da doença do vírus de Marburg , por meio de testes preliminares realizados após a morte de pelo menos nove pessoas na província de Kie Ntem , no oeste do país, que a causa das mortes está relacionada ao vírus.
Até agora, foram relatados nove mortes e 16 casos suspeitos com sintomas como febre, fadiga e vômito com sangue e diarreia .
Para determinar a causa da febre hemorrágica viral, as autoridades de saúde do país enviaram amostras ao laboratório de referência do Institut Pasteur no Senegal com o apoio da Organização Mundial de Saúde (OMS) .
Das oito amostras testadas no Institut Pasteur , uma deu positivo para o vírus. Outras investigações estão em curso.
Equipes médicas atuam distritos afetados para rastrear contatos, isolar e fornecer assistência médica às pessoas que apresentam sintomas da doença .
A OMS atua de forma emergencial para encaminhar especialistas em emergências de saúde em epidemiologia, gerenciamento de casos, prevenção de infecções, laboratório e comunicação de risco para apoiar os esforços de resposta nacional e garantir a colaboração da comunidade no controle do surto.
A OMS informou que providencia o envio de tendas e luvas de laboratório para testes de amostras , bem como um kit de febre hemorrágica viral que inclui equipamento de proteção individual que pode ser usado por 500 profissionais de saúde .
“Marburg é altamente infeccioso. Graças à ação rápida e decisiva das autoridades da Guiné Equatorial na confirmação da doença, a resposta de emergência pode atingir todo o vapor rapidamente para salvarmos vidas e determos o vírus o mais rápido possível”, disse o Dr. Matshidiso Moeti, diretor regional da OMS para a África.
O vírus de Marburg causa febre hemorrágica e tem taxa de letalidade de até 88% . O vírus é da mesma família do Ebola. A doença causada pelo vírus Marburg começa abruptamente, com febre alta, dor de cabeça intensa e mal-estar intenso .
Muitos pacientes desenvolvem sintomas hemorrágicos graves no período de apenas sete dias após a infecção.
O vírus é transmitido às pessoas por morcegos frugívoros [que come fruta] e se espalha entre os humanos por contato direto com os fluidos corporais, superfícies e materiais infectados.
Até o momentom, não há vacinas ou tratamentos antivirais aprovados para tratar o vírus. Os cuidados são de suporte – reidratação com fluidos orais ou intravenosos – e tratamento de sintomas específicos melhoram a sobrevida.
Uma variedade de tratamentos potenciais estão sendo avaliados, incluindo produtos sanguíneos, terapias imunológicas e terapias medicamentosas, bem como vacinas candidatas.
*Com informações das Nações Unidas
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