A China anunciou, nesta terça-feira (17), que a sua população diminuiu pela primeira vez nos últimos 60 anos. O marco é considerado um sinal da crise demográfica enfrentada pelo país asiático.
Os dados foram apresentados pelo Escritório Nacional de Estatísticas da China (NBS), e mostram que, ao final de 2022, a população chinesa era 1,411 bilhão, uma redução de 850 mil pessoas em relação a 2021.
Esse foi o primeiro declínio populacional no país liderado por Xi Jinping desde 1961, quando a nação enfrentou uma grave crise de fome causada pela política agrícola de Mao Tsé-Tung conhecida como "Grande Salto Radiante".
A China também registrou uma queda na taxa de natalidade, que atingiu um recorde de 6,77 nascimentos por 1.000, com o nascimento de 9,56 milhões bebês no ano passado, o nível mais baixo desde 1949.
Há a preocupação de que a queda na natalidade verificada no final do ano passado, combinada com o envelhecimento da população, possa intefirir fortemente na economia chinesa nos próximos anos.
Em 2015 o país decidiu revogar a "política do filho único", que tinha o objetivo de reduzir o crescimento populacional. A anulação da medida teve a intenção de conter o envelhecimento da população. Desde 2021 os casais podem ter três filhos.
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