Messina Denaro (de óculos) sob custódia da polícia
Ansa
Messina Denaro (de óculos) sob custódia da polícia

O homem mais procurado da Itália , Matteo Messina Denaro , foi preso nesta segunda-feira (16) em Palermo, na Sicília . Ele estava sendo procurado há 30 anos. O último padrinho da Cosa Nostra foi detido em uma clínica particular, onde estava sob o nome falso de “Andrea Bonafede”.

Segundo a imprensa italiana, o criminoso ainda tentou fugir ao ver a chegada dos policiais, mas não resistiu ao ser cercado pelos agentes. Ao ser pego, testemunhas aplaudiram a prisão do mafioso.

Quem é Matteo Messina Denaro?

Matteo Messina Denaro , 60 anos, natural de Sicília, na Itália é também conhecido como Diabolik. Ele é um dos mais poderosos chefes da Máfia Siciliana. 

A entrada no mundo do crime aconteceu ainda na infância, por influência do pai, Don Ciccio, que era chefe de uma organização em Castelvetrano. Por conta do exemplo em casa, Messina sabe atirar desde os 14 anos. Ele cometeu o primeiro homicídio aos 18.

Denaro também é chamado de “príncipe de Trapani” por ser apaixonado por carros de luxo, mulheres e relógios de ouro e ser estiloso durante os assassinatos que cometeu.

No ano de 1989 teve os primeiros problemas com a justiça ao ser acusado de associação mafiosa por participação em uma luta entre dois clãs rivais.

Em 1990, Denaro ordenou o assassinato dos juízes que lutavam contra a máfia Giovanni Falcone e Paolo Borsellino, assim como uma série de atentados em Roma, Milão e Florença. Em julho de 1992, ele participou do assassinato de Mincenzo Milazzo, chefe do clã Alcamo, e estrangulou sua companheira, grávida de três meses.

Em 1993 ele organizou o sequestro do pequeno Giuseppe Di Matteo para fazer com que o pai Santino se retratasse do depoimento sobre o assassinato do juiz Falcone.

Pouco mais de um ano depois, o menino foi estrangulado e seu corpo dissolvido em ácido. Depois de seis anos como fugitivo, ele adotou o pseudônimo de Alessio.

Em 2002 o mafioso foi condenado e sentenciado à prisão perpétua por ter matado pessoalmente ou ordenado o assassinato de dezenas de pessoas. Desde então ele estava desaparecido.

Prisão

A premiê italiana, Giorgia Meloni comemorou a prisão de Messina .

"Os meus mais efusivos agradecimentos, assim como de todo o governo, às forças de polícia, em especial ao Agrupamento Operacional Especial dos Carabineiros, à Procuradoria Nacional Antimáfia e à Procuradoria de Palermo pela captura do expoente mais significativo da criminalidade mafiosa", disse a premiê italiana, Giorgia Meloni, que irá à Sicília ainda nesta segunda.

Segundo ela, trata-se de uma "grande vitória do Estado, que demonstra não se render diante da máfia". Já o presidente Sergio Mattarella telefonou para o ministro do Interior, Matteo Piantedosi para parabenizá-los pela prisão de Messina Denaro.

"Uma grandíssima satisfação por um resultado histórico na luta contra a máfia", declarou Piantedosi.

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