A Comissão de Fiscalização da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos informou nesta quarta-feira (11) que abriu uma investigação sobre os documentos confidenciais encontrados por advogados de Joe Biden em um antigo escritório do democrata .
"A Comissão está preocupada que o presidente tenha comprometido fontes e métodos com sua má gestão dos documentos confidenciais", informou o presidente da Comissão, o republicano James Comer.
Ainda conforme o deputado, foi enviada uma carta à Casa Branca solicitando que cópias desses documentos sejam enviadas a comissão até o próximo dia 24, bem como a lista de quem teve acesso a eles e as comunicações ocorridas entre os vários departamentos de Estado.
Pouco após o anúncio, o senador democrata Mark Warner, que preside a Comissão de Inteligência, afirmou que "aguarda um relatório sobre o que aconteceu".
Em uma entrevista nesta quarta-feira, Biden foi questionado sobre o documentos e reafirmou que "não sabe o que tem nesses documentos" porque "as caixas com os materiais foram entregues ao Arquivo Nacional e estamos cooperando completamente com as investigações".
"Quando os meus advogados os encontraram, informaram rapidamente os Arquivos. Eu levo os documentos confidenciais muito a sério, todos sabem disso", afirmou, ressaltando que ficou "surpreso" com a existência deles durante uma coletiva após uma série de reuniões no México.
O caso foi revelado pela mídia norte-americana na segunda-feira (9) à noite e confirmado por advogados de Biden. A descoberta de cerca de 10 documentos considerados confidenciais ocorreu em 2 de novembro do ano passado e, conforme os representantes, os itens foram entregues ao Arquivo Nacional no dia seguinte.
Os materiais estavam em um armário trancado em um escritório que Biden usava no Penn Biden Center durante a época em que era professor honorário da Universidade da Pensilvânia. Os itens foram achados enquanto os advogados faziam a retirada de tudo que estava no escritório porque ele não é mais utilizado.
Os documentos seriam relativos ao período em que o atual mandatário era vice-presidente, entre 2009 e 2017, e conforme a emissora "CNN" se referiam a relatórios e memorandos sobre assuntos ligados ao Irã, Ucrânia e Reino Unido.
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