Após dias de impasse, o republicano Kevin McCarthy foi eleito presidente da Câmara nos Estados Unidos na 15ª rodada, com 216 votos, neste sábado (7).
A 14ª rodada de votação havia começado no fim da noite dessa sexta-feira (6) e terminou no início da madrugada de hoje sem um consenso. A Câmara tentou adiar a continuação do pleito para a próxima segunda (9), mas não conseguiu e deu início à última sessão ainda na madrugada.
"Estou feliz que acabou", afirmou McCarthy à imprensa após o resultado da votação que o elegeu, de acordo com a Reuters. O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, parabenizou o republicano pela eleição.
Depois de ser eleito, McCarthy escreveu nas redes sociais que "não vai desistir". "Espero que uma coisa fique clara depois desta semana: nunca vou desistir. E nunca desistirei de vocês, povo americano", publicou.
McCarthy, que representa o 23º distrito da Califórnia na Câmara dos Representantes, é apoiado pelo ex-presidente Donald Trump. Ele tem 57 anos e foi eleito pela primeira vez para o Congresso norte-americano em 2006, além de ter sido escolhido, em 2014, como líder do partido.
Votação histórica
A sequência de votações para o cargo que se deu ao longo desta semana marca o maior número de votações para presidente da Câmara desde o final da década de 1850.
O posto é o terceiro mais poderoso da política dos EUA, fazendo com que o líder tenha autoridade para bloquear a agenda legislativa de Joe Biden, forçar votações para as prioridades republicanas em economia, energia e imigração, além de poder avançar em investigações contra o presidente e seu governo.
Após a eleição do chefe da Câmara, a Casa pode empossar novos membros, decidir integrantes de comissões ou apresentar projetos de lei, por exemplo.
A última grande votação para o cargo que gerou esse impasse foi em 1923, quando foram necessárias nove rodadas para eleger um líder.
A de 2023 foi a mais longa desde 1859, quando houve 44 rodadas. O recorde, no entanto, é de 1855, com 133 rodadas durante dois meses de votação.