Pedro Castillo deixou a Prefeitura de Lima em um veículo por volta das 21h (às 22h, no horário de Brasília)
Reprodução/La Republica
Pedro Castillo deixou a Prefeitura de Lima em um veículo por volta das 21h (às 22h, no horário de Brasília)

Entre esta quinta (8) e sexta-feira (9), surgiram diversas manifestações no Peru após a destituição e detenção de Pedro Castillo, acusado de tentativa de golpe de Estado. As manifestações são, em sua maioria, de apoiadores de Castillo, que exigem sua libertação e a convocação de novas eleições.

A nova presidente do Peru, Dina Boluarte, tenta negociar para a formação de um novo governo após a tentativa de golpe. Com os protestos, Boluarte afirmou que não sabe se vai concluir seu mandato em 2026, como ela mesma anunciou ao tomar posse na quarta-feira (7).

Castillo permanece detido em Lima por pelo menos 7 dias, após a acusação do Ministério Público, que afirma que ele tentou dissolver o Legislativo e governar por decreto.

Os protestos incluíram ações violentas, como o bloqueio da rodovia Pan-americana Sul na região de Ica e Arequipa com pedras, troncos e pneus em chamas.

Boluarte é chamada de traidora pelos manifestantes

Milhares de protestantes exigem a renúncia da nova presidente, a primeira mulher a liderar o Peru. Ela é chamada de "traidora" por assumir o cargo.

Em Lima, um protesto de cerca de mil pessoas marchou em direção ao Parlamento, onde foi dispersado pela polícia com gás lacrimogêneo e pelo menos três manifestantes foram presos.

Protestos também foram registrados em vários departamentos e cidades do interior do Peru, como Chota (Cajamarca, cidade natal de Castillo), Trujillo, Puno, Ayacucho, Huancavelica e Moquegua. 

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