Principe herdeiro Mohamed bin Salman solicitou que as operações fossem realizadas na Arábia Saudita
Creative Commons/President of Russia
Principe herdeiro Mohamed bin Salman solicitou que as operações fossem realizadas na Arábia Saudita

O juiz federal norte-americano John Bates arquivou nesta terça-feira (6) um processo que acusava o príncipe saudita e premiê do país, Mohammed bin Salman , pelo assassinato do jornalista e ativista Jamal Khashoggi , ocorrido em 2018.

Na decisão, Bates destacou que apesar das acusações apresentadas pela namorada do repórter, Hatice Cengiz, terem "credibilidade", não era possível mais andar com o processo por conta da imunidade que Bin Salman dispõe por ser um chefe de governo .

O magistrado, conhecido por atuar em diversos processos sobre casos que envolvem a segurança nacional, lamentou ainda o fato de não poder dar andamento ao caso, mas disse estar "de mãos atadas" por conta da imunidade do príncipe - concedida pelo presidente Joe Biden e o Departamento de Estado após a nomeação política.

Basicamente, a justiça norte-americana não pode fazer processos contra políticos que estejam atuando em cargos de chefia de governo ou Estado. A decisão anunciada por Biden gerou inúmeras críticas de ONGs de direitos humanos, que acusaram o democrata de ter "aceitado" o petróleo o dinheiro dos sauditas para tomar tal decisão.

A Inteligência dos EUA chegou a publicar uma investigação em que diz que não há dúvidas de que Bin Salman é o mandante do assassinato de Khashoggi, ocorrido dentro do consulado saudita em Istambul, na Turquia. Até hoje, os restos mortais do profissional, que era crítico da realeza, nunca foram encontrados.

Entre no  canal do Último Segundo no Telegram e veja as principais notícias do dia no Brasil e no Mundo.  Siga também o  perfil geral do Portal iG.

    Mais Recentes

      Comentários

      Clique aqui e deixe seu comentário!