Cristina Kirchner, vice-presidente da Argentina
Reprodução/Twitter
Cristina Kirchner, vice-presidente da Argentina

Após mais de três anos de processo judicial, a Justiça da Argentina marcou para esta terça-feira (6) uma audiência para anunciar a sentença da primeira ação contra a  vice-presidente do país,  Cristina Kirchner, acusada de associação criminosa e improbidade administrativa.

A acusação diz que Cristina e vários ex-funcionários de seu governo faziam parte de uma organização ilícita que realizava contratos milionários para obras rodoviárias que, segundo a denúncia, estavam incompletas, superfaturadas e seriam também desnecessárias.

Esses contratos teriam sido comprados pelo empresário de Construção Lázaro Báez, que atualmente está em prisão domiciliar.

No total, seriam 51 contratos para a construção de obras públicas na província de Santa Cruz, reduto político do marido de Kirchner, morto em 2010. O valor das transações é calculado em 46 bilhões de dólares.

Em agosto deste ano, o Ministério Público argentino solicitou 12 anos de prisão para Cristina. Também foi solicitado que ela não possa exercer cargos públicos pelo resto da vida. Ela pode recorrer caso for condenada.

A ex-presidente nega as acusações e afirma que não está perante "um tribunal da Constituição, mas diante de um pelotão de fuzilamento midiático-judicial” e que as acusações são uma “falsidade absoluta”, frutos de perseguição judicial por razões políticas.

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