O presidente da Colômbia
, Gustavo Petro
, disse nesta terça-feira (06), que as Forças Armadas
do país continuarão com uma postura ofensiva sobre os grupos armados
ilegais. A medida será estendida até que tais organizações demonstrem interesse em negociar a paz. A afirmação veio após a morte de seis soldados colombianos
por dissidentes das Farc
( Forças Armadas
Revolucionárias da Colômbia
).
O grupo rejeita o acordo de paz firmado em 2016, entre a organização armada e o governo. O documento foi assinado em Bueno Aires, na província de Cauca. A região é conhecida pela produção de coca, principal ingrediente da cocaína. No último fim de semana, três militares foram mortos por dissidentes das Farc na mesma região.
“A possibilidade de diálogo hoje não é limitada pela cessação das operações militares. Até agora só falamos sobre a possibilidade [de um cessar-fogo], nada mais”, afirmou Petro após uma reunião com membros responsáveis pela segurança do país. “A ação militar não cessa enquanto não houver vontade real de negociar”, completou o presidente colombiano .
Durante a campanha de Petro à presidência, o chefe de Estado prometeu estabelecer a paz no país que sofre com o conflito armado a quase seis décadas. Neste período, centenas de milhares de cidadão colombianos foram mortos pelo conflito.
O governo de Petro reiniciou as negociações em busca de paz com o grupo de guerrilheiros de esquerda Exército de Libertação Nacional (ELN), na Venezuela, e vem trabalhando para que o acordo firmado em 2016 seja aceito pelas facções dissidentes das Farc.