Lojas iranianas aderiram à greve convocada por manifestantes
Reprodução/Twitter
Lojas iranianas aderiram à greve convocada por manifestantes

Manifestantes iranianos  convocaram uma greve de três dias no país a partir desta segunda-feira (5). Um dos motivos foi a declaração de uma autoridade afirmando que a chamada "polícia da moralidade" será extinta. 

Diversas empresas do Irã aderiram à greve e não abriram as portas nesta segunda em apoio aos protestos contra o atual governo. Além disso, motoristas de caminhão também participam da paralisação. 

Informações divulgadas pela imprensa local dão conta de que empresas de cerca de 40 cidades aderiram à greve. Grandes cidades como Teerã, Karaj, Isfahan, Mashhad, Tabriz e Shiraz estão entre as que apresentaram adesão dos estabelecimentos.


O grupo de direitos curdo iraniano Hengaw informou que o movimento grevista se espalhou pelo oeste do país, onde se encontra a maior parte da população curda do Irã. 

Diante das informações sobre a adesão aos protestos, autoridades iranianas passaram a fiscalizar quais empresas apoiaram os manifestantes na paralisação de três dias e começaram um movimento para fechar às força, de maneira definitiva, estes estabelecimentos. 

Uma joalheri e um restaurante de posse do ex-jogador de futebol Ali Daei estão entre os comércios fechados pelo Irã. Ele declarou apoio público aos protestos nas suas redes sociais. 

Fim da "polícia da moralidade"

As operações da "polícia da moralidade" do Irã foram suspensas  após três meses de intensos protestos provocados pela morte de Mahsa Amini, uma jovem de 22 anos que estava sob custódia da força policial por supostamente violar os códigos de vestimenta da República Islâmica. Ela foi morta em meados de setembro.

"A Patrulha de Orientação não tem nada a ver com o Judiciário; foi suspensa pela mesma instituição que a formou no passado", disse o procurador-chefe Mohammad Jafar Montazeri durante uma cerimônia na cidade sagrada de Qom, ao sul de Teerã.

Contudo, os iranianos vêm relatando um aumento das patrulhas para mulheres usassem hijab, com os gerentes de lojas sendo instruídos pela polícia a reforçar as restrições sobre o uso do item.

Além disso, de acordo com Gholam-Hossein Mohseni Ejei, chefe do Judiciário iraniano, pessoas detidas durante as manifestações e acusadas de crimes graves terão suas sentenças executadas em breve, com condenações, inclusive, à pena de morte. 

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