Payton Gendron foi preso após ataque a tiros que matou dez pessoas em Buffalo, no estado americano de Nova York
Reprodução/Twitter - 15.05.2022
Payton Gendron foi preso após ataque a tiros que matou dez pessoas em Buffalo, no estado americano de Nova York

Nesta segunda-feira (28), o jovem supremacista branco que matou 10 pessoas em um supermercado de Buffalo, no interior de Nova York (EUA), em maio deste ano , declarou-se culpado pelo ataque.

Payton Gendron, 19 anos, foi indiciado por 25 acusações estaduais, incluindo terrorismo doméstico e assassinato instigado pelo ódio por ter aberto fogo contra 13 pessoas, sendo 11 negras, na entrada e já dentro da loja. 

De acordo com os advogados de defesa, o assassino será condenado à prisão perpétua sem possibilidade de fiança pelo massacre , que foi transmitido ao vivo.

Para o promotor Brian Parker, o resultado da audiência de hoje "representa uma condenação" das ideologias racistas que alimentaram o ataque.

Inicialmente, Gendron, que tinha 18 anos na época do massacre , havia se declarado inocente. Agora, no entanto, ele aguardará sua sentença no dia 15 de fevereiro, segundo a imprensa norte-americana.

De acordo com o promotor distrital do condado de Erie, John Flynn, Gendron se declarou culpado de todas as acusações. "Embora a justiça tenha sido feita, nada trará de volta as 10 pessoas preciosas que perderam suas vidas naquele dia", afirmou a repórteres. "Espero que isso traga algum alívio para as famílias e vítimas."

No dia do atentado , o supremacista transmitiu o ataque ao vivo na plataforma de streaming Twitch e escreveu um manifesto de 106 páginas no qual defendia a teoria da conspiração de que os brancos estão sendo substituídos em seus países por imigrantes.

O ataque  ao supermercado Tops Friendly foi planejado por meses e o local foi escolhido porque a população do bairro era majoritariamente negra . À época, ele dirigiu até a casa onde mora, na cidade de Conklin, a mais de 320 quilômetros de distância, com a intenção de matar o maior número possível de negros, segundo a acusação.

Na ocasião, ele estava armado com um rifle de assalto AR-15, atirou em quatro pessoas ainda no estacionamento do mercado e matou três antes mesmo de entrar na loja. Dentro, ele matou entre outros, o segurança, um policial aposentado, que disparou vários tiros contra ele antes de morrer.

O atirador usava um capacete com uma câmera, que transmitiu o ataque.

— Com informações de Ansa

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