Vaticano
Reprodução/Flickr
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Foi divulgado pela Igreja Católica da Itália, nesta quinta-feira (17), o primeiro relatório acerca dos supostos abusos sexuais cometido por padres, funcionários da instituição e professores de religião, à menores e vulneráveis. Entretanto, o documento está sofrendo críticas de defensores das vítimas , uma vez que eles acreditam haver uma subnotificação de casos, chamando de "vergonhoso" o escopo limitado da instituição.

Ao todo, são 41 páginas que refletem os anos de 2020 e 2021. Este é o primeiro de dois  relatórios que a  Igreja Católica  deve emitir. O segundo terá uma abrangência de tempo maior, pegando casos desde 2000. O documento ainda não tem uma data definida para ser emitido.


Como ocorreu na França e Alemanha, as  vítimas dos casos pediram para que houvesse uma investigação externa, ao qual remontará os  abusos ocorridos há muitas décadas. Muitos dos casos que os defensores querem que sejam investigados ocorreram no período pós-Segunda Guerra Mundial.

Segundo o documento que foi montado por uma universidade católica no norte da Itália, foram registrados que 89 pessoas foram supostamente abusadas sexualmente por 69 agressores. Mais da metade dos caso (53%) foram registrados recentemente, mas o relatório  não especifica as datas dos ocorridos. Tais dados refletem as pessoas que se apresentaram ao "centro de escuta" das dioceses. 

Para o chefe da Rete l'Abuso (A Rede do Abuso), Francesco Zanardi, o que foi apresentado é "absolutamente insatisfatório e vergonhoso". A rede possui um dos maiores arquivos digitais acerca dos  abusos sexuais  cometidos pela instituição religiosa na Itália.

Para a Reuters, Zanardi ainda acrescenta que mesmo "se esses números estiverem corretos, eles já são altos, mas os números reais são maiores". Segundo Zanardi, o número de  vítimas nos últimos 22 anos seriam cerca de 2.000.

Os líderes da  Igreja Católica que estavam presentes na divulgação do  relatório , o defenderam, dizendo ser "apenas um começo". O arcebispo Lorenzo Ghizzoni ainda acrescentou que mais  vítimas  aparecessem para denunciar, a medida que os documentos fossem divulgados.

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