Um conselheiro presidencial da Ucrânia afirmou, nesta quinta-feira (10), que a Rússia está tentando fazer com que Kherson, localizada no leste do território ucraniano, torne-se uma "cidade da morte".
De acordo com Mykhailo Podolyak, conselheiro do chefe do cabinete de Zelensky , a estratégia dos militares russos na região consiste em transformar a cidade em "ruínas" por meio das mortes e do enfraquecimento da infraestrutura local.
"A Rússia
quer transformar Kherson em uma "cidade da morte". Militares russos minam tudo o que podem: apartamentos, esgotos. A artilharia planeja transformar a cidade em ruínas. É assim que o "mundo russo" atua: veio, roubou, celebrou, matou "testemunhas", deixou ruínas e partiu", postou Podolyak na sua conta oficial do twitter.
Saída dos russos de Kherson
Nesta quarta-feira (9), a Rússia ordenou a saída das suas tropas da cidade de Kherson , no Sul da Ucrânia . A determinação veio diante de uma vasta contraofensiva ucraniana na cidade, capturada em março pelos russos.
Kherson é considerada um ponto estratégico pelas tropas russas, por ser capital da província de mesmo nome que dá acesso à Península da Crimeia.
"Continuem retirando os soldados", anunciou na televisão o ministro Sergei Shoigu ao general Sergei Surovikin, comandante das operações russas na Ucrânia, admitindo que a decisão de se retirar para a margem direita do rio Dniéper "não foi nada fácil".
O anúncio da retirada das tropas veio logo após a mídia russa divulgar que um funcionário de alto escalão da ocupação da Rússia na região de Kherson, Kirill Stremousov, faleceu nesta quarta.
Mykhailo Podolyak afirmou que a retirada das tropas russas deste ponto estratégico é um indicador de que o país liderado por Putin precisa de uma pausa na guerra, e que o exército russo está "exausto".
"Está claro por que a Rússia precisa de "negociações" e "congelamento da guerra": os generais estão implorando por uma pausa para um exército exausto, e o Kremlin quer pelo menos algumas "vitórias" territoriais para não parecerem perdedores completos. Mas por que a Ucrânia precisa disso? Continuamos a libertar nossos territórios", ressaltou o membro do governo ucraniano.