O presidente da França , Emmanuel Macron , voltou a prometer que a guerra na Ucrânia não irá afetar a transição energética de seu país ou da União Europeia (UE). O conflito desencadeou uma crise energética, uma vez que a Rússia é o principal fornecedor de gás e petróleo para os países europeus. A declaração foi dada durante a COP27 , conferência climática da Organização das Nações Unidas (ONU) que acontece no Egito.
Macron afirmou que os europeus "não sacrificarão seus compromissos energéticos diante das ameaças energéticas da Rússia".
"Essa é uma estratégia que se baseia na solidariedade energética", disse o presidente francês, defendendo soluções para que os países se distanciem dos combustíveis fósseis.
No evento, Macron defendeu ainda a demanda dos países mais vulneráveis do planeta, que pedem por mais financiamento climático. O presidente do Gabão, Ali Bongo Ondimba, foi um dos que destacou a necessidade de os países ricos pagarem mais em financiamento para que as nações em desenvolvimento. Os países ricos, no entanto, resistem a abrir os bolsos, temendo que isso abra espaço para pedidos de reparação que lhes custem bilhões.
Na COP15, em 2009, os países ricos haviam se comprometido a pagar US$ 100 bilhões anuais em financiamento climático entre 2020 e 2025, mas a meta não foi cumprida — a promessa é que fique para o ano que vem. Ainda assim, estima-se que o valor não será suficiente, já que as necessidades serão ainda maiores. De acordo com a ONU, apenas para a adaptação podem ser necessários US$ 340 bilhões anuais já no fim desta década.
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