Cerca de 50 pessoas morreram em um ataque aéreo durante um show em Myanmar . O evento era formado por minorias étnicas , e segundo grupos da oposição, moradores e a imprensa, o ataque foi promovido pelo Exército que governa o país.
O bombardeio ocorreu na noite no último domingo (23), no estado de Kachin. É estimado que tenham sido vítimas civis, cantores locais e oficiais do Exército
de Independência de Kachin (KIA)
. Segundo a mídia, citando testemunhas, o ataque
foi realizado por três jatos.
O país foi dominado pelo Exército quando derrubaram o governo eleito no ano passado. Desde então, constantes ataques ocorreram contra as oposições — algumas delas armadas — de forma letal.
Segundo o porta-voz da KIA, Naw Bu, o alvo do bombardeio eram as comemorações do 62º aniversário da formação da ala política do Exército Kachin , a Organização da Independência Kachin (KIO). "O ataque aéreo foi intencional. A KIA/KIO condena fortemente isso. Este é um ato bastante perverso que também pode ser considerado crime de guerra”, disse Naw Bu à Agência Reuters.
O Exército de Myanmar tem lutado com a KIA, pois a oposição busca por maior autonomia do povo Kachin há seis décadas, além de manifestar apoio à resistencia anti-junta.
A Organização das Nações Unidas (ONU) condena os militares de Myanmar , os acusando de crimes contra a humanidade pelas mortes de civis. O exército , por sua vez, diz que as operações têm como alvo "terroristas".