Belarus e a Rússia formarão uma força-tarefa militar conjunta, de acordo com o líder bielorrusso Alexander Lukashenko . A ação, segundo ele, vem em resposta ao que chamou de agravamento da tensão das fronteiras ocidentais do país.
Conforme a agência de notícias estatal Belta , Lukashenko afirmou que os países formariam um grupo militar regional e já começaram a unir forças desde a explosão na ponte que liga a Rússia à Crimeia .
Belarus foi usado como um dos pontos para o início da invasão à Ucrânia pelas tropas russas em fevereiro deste ano . Pelo território, tropas e equipamentos foram enviados.
Nesse sábado (8), uma explosão derrubou parcialmente uma ponte estratégica na Crimeia e paralisou o tráfego essencial para a Rússia, deixando três mortos . A Rússia afirmou já ter identificado o motorista do caminhão-bomba que supostamente causou a detonação, e o porta-voz do Kremlin confirmou que o presidente russo, Vladimir Putin, ordenou a criação de uma comissão para esclarecer os fatos.
Segundo Moscou, a explosão incendiou sete petroleiros transportados por um trem e derrubou duas pistas de carros da gigantesca estrutura rodoviária e ferroviária, inaugurada por Putin em 2018. Duas faixas de veículos foram danificadas, embora o arco da ponte, implantado sobre o Estreito de Kerch, não tenha sido afetado.
Nesta segunda-feira (10), durante pronunciamento, Putin responsabilizou a Ucrânia pela explosão. Em discurso televisionado, o russo disse que o país realizou "atos terroristas" e prometeu reagir caso os ucranianos continuem com os ataques.
Putin afirmou que, em retaliação ao ataque do fim de semana, Moscou lançou ataques de mísseis de longo alcance contra a infraestrutura de energia, militar e de comunicações da Ucrânia .
"É óbvio que os serviços secretos ucranianos ordenaram, organizaram e executaram o ataque terrorista destinado a destruir a infraestrutura civil crítica da Rússia", disse ele.
Após a explosão , diversas cidades ucranianas ficaram sem água ou energia e pessoas foram mortas, alvo de mísseis russos. Kiev não assumiu a responsabilidade pela ação.
"Se continuarem as tentativas de realizar atos terroristas em nosso território, as respostas da Rússia serão duras e em sua escala corresponderão ao nível de ameaças criadas para a Federação Russa. Ninguém deve ter dúvidas sobre isso", acrescentou Putin.
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