Presidente da Rússia,Vladimir Putin, em discurso na parada militar, em 9 de maio
Reprodução/Kremlin - 09.05.2022
Presidente da Rússia,Vladimir Putin, em discurso na parada militar, em 9 de maio

O governo da Rússia anunciou que fará as  anexações unilaterais de quatro territórios da Ucrânia - Donetsk , Lugansk , Kherson e Zaporizhzhia - nesta sexta-feira (29) em uma sessão que ocorrerá com a presença do presidente do país, Vladimir Putin , e dos parlamentares da Duma.

"Amanhã, às 15h [9h no horário de Brasília], no Grande Palácio do Kremlin , na Sala St. George, será realizada uma cerimônia para assinar acordos sobre a entrada de novos territórios na Federação Russa. Haverá um grande discurso do presidente Putin neste evento", disse o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, à agência Ria Novosti.

Peskov ainda afirmou que muitas ruas da capital serão fechadas para a circulação de carros e pessoas não autorizadas.

Segundo  apuração divulgada pelo Kremlin, houve "ampla maioria" para a adesão em todas as quatro áreas: Donetsk 99,23% votaram "sim"; Lugansk teve 98,42%; Kherson foi de 87,05%; e Zaporizhizhia de 93,11%.

No entanto, a votação não é reconhecida por nenhum grande país ou órgão internacional. A própria Organização das Nações Unidas (ONU) classificou os referendos como "sem base legal no direito internacional" e realizados em "áreas de conflito ativo".

Já a Ucrânia denunciou que os moradores foram obrigados a votar, sendo ameaçados com armamentos pesados, e que o resultado "já estava pronto há tempo". Os aliados internacionais dos ucranianos também afirmaram que os referendos "não mudam em nada" a situação no campo de batalha.

Até mesmo a China, principal aliada de Moscou no campo internacional, disseque a "soberania territorial" das nações deve ser respeitada.

Na prática, com a anexação, a Rússia vai considerar todas as contraofensivas de Kiev para recuperar as cidades sob controle de tropas militares como um ataque direto ao país, ampliando o escopo do conflito. Além disso, aliados de Putin, como o ex-presidente Dmitri Medvedev, vem ameaçando os ucranianos com o uso de armas nucleares.

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