Pelo menos 50 pessoas morreram na repressão dos
protestos
registrados há uma semana no Irã
, denunciou a ONG Iran Human Rights (IHR), com sede em Oslo, nesta sexta-feira (23).
As manifestações explodiram após a morte de Mahsa Amini, jovem de 22 anos que morreu sob custódia da polícia da moral no último dia 13 de setembro no Teerã por não usar o hijab corretamente.
Hoje, milhares de pessoas voltaram às ruas em todo o Irã em apoio ao hijab e a um código de vestimenta conservador em contramanifestações apoiadas pelo governo em Teerã e outras cidades, incluindo Ahvaz, Isfahan, Qom e Tabriz.
"A grande manifestação do povo iraniano que condena os conspiradores e sacrilégios contra a religião aconteceu hoje", disse a agência de notícias iraniana Mehr.
Quem era Mahsa Amini
Originária do Curdistão iraniano, Mahsa, que cresceu em uma família tradicional e religiosa na cidade curda de Saqqez, no noroeste do país, estava prestes a entrar na universidade, ainda neste mês.
Amini visitava o Teerã com a sua família quando foi abordada pelos agentes da polícia da moralidade, sendo presa em seguida, acusada de usar de maneira incorreta o hijab e pelo fato de não trajar roupas largas nos braços e nas pernas.
Logo após a abordagem, ela chegou a desmaiar enquanto era levada para um centro de detenção para ser “educada”. A jovem não tinha histórico de ativismo político , sem ter qualquer registro de manifestações contra as restrições sociais e políticas impostas pelo governo do país.
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