O ministro da energia da Ucrânia, German Galushchenko, afirmou nesta segunda-feira (5) que o mundo corre grandes riscos de, mais uma vez, presenciar um desastre nuclear. A afirmação refere-se aos ataques que vêm atingindo a região da usina de Zaporizhzhia durante a guerra.
"O mundo está mais uma vez à beira do desastre nuclear. Desocupar
a UPP e criar uma zona desmilitarizada em torno dela é a única maneira de garantir a segurança nuclear", afirmou o ministro, em comunicado compartilhado no seu perfil oficial do Facebook.
A mensagem foi divulgada no mesmo dia em que a Energoatom, empresa estatal que administra a usina, emitiu uma nota afirmando que desligou a última linha de transmissão que alimenta os reatores no local.
De acordo com a empresa, a medida foi adotada após intensos bombardeios russos realizados nos últimos dias causarem incêndios em Zaporizhzhia.
"Hoje, 5 de setembro de 2022, devido a um incêndio causado por um bombardeio, foi desconectada a linha de transmissão de energia 330 kV ZTPP – Ferosplavna, que é a última linha que liga o hub ZNPP/ZTPP ao sistema elétrico da Ucrânia", afirmou a estatal.
A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) já havia informado, no sábado (3), que a usina havia perdido conexão com a energia externa. O diretor-geral, Rafael Mariano Grossi, enfatizou que que a presença dos oficiais do órgão no local contribuíram para que a usina não entrasse em colapso.
“A diferença entre ter a AIEA no local e não nos ter lá é como o dia e a noite. Continuo seriamente preocupado com a situação na Usina Nuclear de Zaporizhzhya, isso não mudou, mas a presença contínua da AIEA será de suma importância para ajudar a estabilizar a situação", destacou.
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