O norte-americano Hadi Matar, 24 anos, voltou a se declarar "inocente" sobre o ataque que cometeu contra o autor britânico Salman Rushdie
nesta quinta-feira (18).
O jovem prestou depoimento perante um tribunal de Chautauqua, no estado de Nova York, onde deve ser indiciado formalmente por tentativa homicídio de segundo grau e por agressão pelo ato cometido no último dia 12.
Segundo o tribunal, a próxima audiência do caso será realizada no dia 22 de setembro.
Matar atacou Rushdie na mesma cidade nova iorquina momentos antes do escritor fazer uma palestra em uma instituição local.
Ao todo, os médicos informaram que o britânico recebeu entre 10 e 15 facadas, que fizeram com que ele ainda corra o risco de perder um olho, além de causar feridas no peito, abdômen, braço, fígado e perna.
O autor ainda está internado e só sobreviveu porque participantes da palestra e seguranças agiram rapidamente para parar com as agressões.
Nesta quarta-feira (17), em uma entrevista ao portal "New York Post", Matar afirmou que "não gostava" de Rushdie e que ele ofendeu o Islã - e ficou surpreso ao saber que o escritor estava vivo.
Apesar de negar que tenha realizado a ação a mando do governo do Irã, com quem afirmou não ter nenhum contato, Matar fez elogios ao supremo líder iraniano aiatolá Ruhollah Khomeini que, em 1989, baixou uma "fatwa" para que muçulmanos do mundo todo caçassem e matassem Rushdie pela publicação do livro "Versos Satânicos". A obra foi considerada uma "blasfêmia" pelo país.
Entre no canal do Último Segundo no Telegram e veja as principais notícias do dia no Brasil e no Mundo. Siga também o perfil geral do Portal iG.