Segundo a Unicef, até 10 milhões de crianças afegãs precisam de
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Segundo a Unicef, até 10 milhões de crianças afegãs precisam de "ajuda urgente" para sobreviver

Há exatamente um ano, em 15 de agosto de 2021, o grupo fundamentalista islâmico Talibã invadia o palácio presidencial em Cabul, capital do Afeganistão, e assumia o controle do país. Desde então, a população vem sentindo os impactos de uma grave crise econômica e humanitária, sobretudo os grupos mais vulneráveis, como meninas, mulheres e crianças.

Segundo afirmou o Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância) ao jornal britânico Metro , desde 15 de agosto de 2021, mais de um milhão de meninas foram impedidas de frequentar a escola e colocadas em risco de casamento precoce, abuso e exploração. Mulheres e meninas são proibidas de sair de casa sem um " mahram " (um homem da família tal qual pai, avô ou bisavô) ou escolta familiar.

O órgão alerta, ainda, que até 10 milhões de crianças afegãs, entre meninos e meninas, precisam hoje de "ajuda urgente" para sobreviver. A seca e a falta de comida se tornaram um grave problema no Afeganistão, onde o sistema de saúde entrou em colapso.

Sam Mort, um trabalhador de Cabul, afirmou ao Metro: "Esta é a maior crise humanitária do mundo, mas está fora da atenção de todos. Quando você pensa no Afeganistão há um ano, tínhamos mais de 1 milhão de meninas em escolas de ensino médio, mulheres trabalhando em todos os setores e um sistema de saúde funcionando. Tudo mudou."

"Agora temos a pior seca em 37 anos, uma crise de desnutrição massiva e uma infância marcada pela privação. Os direitos das crianças estão sob ataque. Em junho passado, estávamos tratando 30 mil crianças com desnutrição grave. Agora são 57 mil", completou.

De acordo com uma pesquisa da ONG Save the Children, cerca de 45% das meninas afegãs aogra não vão à escola, em comparação com 20% dos meninos. O estudo revelou ainda que 26% das meninas e 16% dos meninos estão mostrando sinais de depressão. No sábado (13), um protesto de lado do fora do Ministério da Educação, em Cabul, foi interrompido por oficiais disparando armas para o ar.

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