Nesta segunda-feira (1º), o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, afirmou que o governo norte-americano “está pronto” para dialogar com a Rússia sobre um novo tratado de controle de armas nucleares que substituirá o New Start (Tratado de Redução de Armas Estratégicas).
Segundo o mandatário norte-americano, mesmo durante a Guerra Fria, os EUA e a União Soviética trabalharam “juntos” para manter a estabilidade no tema.
“Hoje, meu governo está pronto para negociar rapidamente uma nova estrutura de controle de armas para substituir o New Start quando expirar em 2026. Mas a negociação exige um parceiro disposto a operar de boa-fé”, disse.
Na mesma ocasião, Biden aproveitou o discurso para condenar a invasão russa na Ucrânia, iniciada em 24 de fevereiro de 2022. O presidente dos Estados Unidos que a guerra iniciada pela Rússia é “brutal” e “destruiu a paz” na Europa.
“Nesse contexto, a Rússia deve demonstrar que está pronta para retomar o trabalho de controle de armas nucleares com os Estados Unidos”, declarou o presidente.
Biden também solicitou a participação da China nas negociações.
“A China também tem a responsabilidade como um estado de armas nucleares do TNP e membro do P5 [países do Conselho de Segurança da ONU] de se envolver em negociações que reduzirão o risco de erro de cálculo e abordarão a dinâmica militar desestabilizadora”, disse.
Em janeiro de 2021, Putin conversou por telefone com Biden. Na ocasião, ambos os líderes concordaram em estender o acordo que expiraria em 5 de fevereiro do mesmo ano. Durante o governo Trump, as negociações foram paralisadas por causa da insistência do republicano em inserir a China no tratado.
O acordo consiste em reduzir os testes nucleares e estabelecer uma fiscalização mútua entre EUA e Rússia. Foi assinado em 2010, durante o governo de Barack Obama, e está em vigor desde 2011.
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