Pessoas de todas as partes do Brasil e do Hemisfério Sul poderão observar, nesta semana, a chuva de meteoros Delta Aquáridas. O fenômeno terá seu pico, ou seja, seu período de maior visibilidade, na madrugada desta quinta (28) para sexta-feira (29). Os meteoros começarão a ficar mais visíveis já a partir das 20h30 de hoje.
Segundo o astrônomo Cássio Barbosa, do Centro Universitário FEI, o radiante da Delta Aquáridas, isto é, o ponto no céu da onde todos os meteoros da chuva parecerão se cruzar, já estará bem acima do horizonte e visível no céu a partir desse horário. Os raios luminosos poderão ser vistos até o amanhecer de sexta.
"Um aspecto que estará a favor do observador é o fato de a Lua se encontrar na fase nova, que não é tão brilhante nem visível a olho nu. Ela deve se pôr por volta das 19h, bem antes do início da chuva e, por isso, não deve atrapalhar em nada a observação", afirma.
Barbosa explica que qualquer luminosidade, inclusive a da Lua, pode ofuscar o brilho dos meteoros. Para aproveitar o melhor do fenômeno, a recomendação, portanto, é se deslocar para um local afastado das luzes da cidade, como um sítio ou uma chácara. O céu também precisa estar limpo, sem nuvens. Será possível observar cerca de 20 meteoros a cada hora, nas condições ideais de observação.
Vale ainda deitar no chão ou se acomodar em uma cadeira de praia, de modo a obter o maior campo de visão possível. O professor lembra que os meteoros poderão ser vistos de qualquer lugar do céu, mas sempre se cruzarão na Constelação de Aquário.
"Uma dica para localizar a Constelação de Aquário é procurar por uma estrela azul e brilhante, diferente das demais estrelas, que recebe o nome de Fomaulhaut. A constelação fica posicionada bem abaixo dela (veja no desenho) ", diz.
Os meteoros da Delta Aquáridas nada mais são do que rastros deixados no espaço pelo cometa 96P/Macholz, que passa pelo Sol uma vez a cada cinco anos. Toda vez que isso acontece, parte de suas superfícies de gelo "ferve", liberando partículas de poeira e rocha. Esses detritos se espalham ao longo do caminho do cometa, formando um verdadeiro rastro no Sistema Solar.
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