Biden oferece traficante de armas russo em troca de Griner e Whelan
Reprodução: 28.07.2022
Biden oferece traficante de armas russo em troca de Griner e Whelan

O presidente Joe Biden ofereceu a troca do prisioneiro Viktor Bout, traficante de armas russo condenado a 25 anos de reclusão nos EUA, pela libertação de dois americanos detidos em Moscou. A ex-estrela do basquete americano Brittney Griner e Paul Whelan.

A decisão recebeu até mesmo o aval do grupo de oposição no Departamento de Justiça, que geralmente é contra o 'comércio' de prisioneiros. O plano de trocar Bout por Whelan e Griner recebeu primeiramente uma negativa do porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov. "Até o momento não há acordo sobre essa questão".

Estrela do basquete feminino

A jogadora de basquete Brittney Griner, estrela da Associação Nacional de Basquete Feminino (WNBA), foi detida no aeroporto Sheremetyevo, em Moscou no dia 17 de fevereiro, com cartuchos de 'vape' contendo óleo de cannabis em sua bagagem.

Griner se declarou culpada das acusações, mas negou que pretendia infringir a lei russa. Em seu depoimento, a atleta afirma que o conteúdo estava em sua bagagem de 'forma acidental'. 

"Declaro-me culpada por causa das ações que aconteceram, mas, novamente, não pretendia contrabandear ou trazer qualquer substância para a Rússia", disse ela a um tribunal russo na quarta-feira.

Senhor das Armas

O ex-tradutor militar soviético Viktor Bout se tornou um dos maiores traficantes de armas do mundo e cumpre pena de 25 anos de prisão nos Estados Unidos. Apesar de se declarar inocente, sua fama sugere o contrário. A história do prisioneiro russo chegou a inspirar o tome do best-seller "Mercador da Morte", adaptado para o cinema no filme "Senhor das Armas". 

Bout  foi preso em Bangkok em 2008 em uma operação onde agentes  Agência Antidrogas dos EUA se passaram por representantes das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC). A Rússia chegou a afirmar que o caso contra ele foi fabricado pelos serviços especiais dos EUA.

Acusado de espionagem

Paul Whelan é canadense mas tem cidadania americana, britânica e irlandesa. Ele foi preso na Rússia em 28 de dezembro de 2018 acusado de espionagem com um sentença de 16 anos de prisão com possibilidade de tempo em campo de trabalho. Ele é descrito como um diretor de segurança corporativa. 

O irmão de Whelan disse que ele  chegou a Moscou para participar do casamento de um ex-companheiro da Marinha no Hotel Metropol Moscou e para ajudar os familiares do noivo em sua primeira visita à Rússia ao qual ele visitou outras vezes.

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