Ucrânia contra-ataca em Kherson e destrói ponte
Ansa
Ucrânia contra-ataca em Kherson e destrói ponte

A Ucrânia informou nesta quarta-feira (27) que atacou uma ponte estratégica na cidade de Kherson, ao sul de seu território, e que está sob controle russo praticamente desde o início da guerra.

"Se pode chamar a ponte Antonovski de um meio de defesa aérea que intercepta todos os mísseis ucranianos, mas não se pode fugir da realidade: os ocupantes devem aprender a nadar para atravessar o rio Dnipro. Ou devem deixar Kherson ainda que for possível. Pode não haver uma terceira advertência", disse o principal conselheiro do presidente Volodymyr Zelensky, Mykhailo Podoliak.

A ponte Antonovski era a única ligação da cidade ao restante da província homônima, fazendo assim com que Kherson fique isolada do resto do território.

Horas depois, Zelensky também se manifestou sobre o ataque por meio de uma mensagem no Telegram.

"Dia após dia, os nossos defensores atacam eficazmente as posições inimigas minando os planos dos ocupantes. Os Himars [sistema de lançamento de mísseis] e as outras armas de precisão estão mudando o andamento da guerra a nosso favor - e mesmo que a força de fogo do exército ucraniano seja inferior a do inimigo, os nossos guerreiros atingem alvos com maior habilidade e precisão", acrescentou.

Ao todo, Kiev lançou 36 mísseis contra a região, segundo confirmou o vice-chefe russo da administração militar-civil da região, Kirill Stremousov, à agência Tass.

"A maior parte dos mísseis foi abatida, obviamente, mas alguns atingiram seus objetivos. O tráfego perto da ponte foi totalmente bloqueado", disse Stremousov.

No entanto, o representante russo minimizou os efeitos do ataque, dizendo que o bombardeamento da ponte "causará só problemas aos civis", sem ter "efeitos militares".

A ação desta quarta-feira é mais uma parte da contraofensiva ucraniana em Kherson, que já coloca as tropas próximas ao fronte russo. A região é muito estratégica para a Rússia porque conseguiu ligar à península da Crimeia, anexada unilateralmente por Moscou em 2014, ao território ucraniano.

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