Rússia deixará a Estação Espacial Internacional
Divulgação/Roscosmos
Rússia deixará a Estação Espacial Internacional

A Rússia se retirará do projeto da Estação Espacial Internacional após 2024, quando começará a construção de uma estação espacial nacional. A informação foi divulgada nesta terça-feira (26) por Yury Borisov, chefe da Agência Espacial Russa, Roscosmos, citado pela Interfax.

"Vocês sabem que estamos trabalhando no âmbito da cooperação internacional na Estação Espacial Internacional. Claro que respeitaremos todos os compromissos assumidos com os nossos parceiros, mas a decisão de deixar esta estação após 2024 foi tomada", declarou Borisov durante uma reunião com o presidente russo, Vladimir Putin.

"Acho que a essa altura já teremos começado a trabalhar na construção da estação espacial russa, que será uma prioridade fundamental nos esforços de exploração espacial pilotada da Roscosmos", acrescentou o chefe da agência russa.

O anúncio é feito no momento em que a guerra na Ucrânia estremeceu profundamente as relações entre Moscou, os EUA e a Europa.

O governo americano, inclusive, considerou a retirada "surpresa" da Rússia da ISS como "deplorável", anunciou o porta-voz do Departamento de Estado, Ned Price.

Já funcionários da Nasa relataram à imprensa americana que a Rússia não forneceu nenhuma comunicação oficial à agência espacial norte-americana sobre sua retirada do projeto da Estação Espacial Internacional após 2024.

"Não recebemos nenhuma palavra oficial do parceiro sobre as notícias de hoje", disse Robyn Gatens, diretora da estação espacial da Nasa.


Segundo ela, a agência não pretende interromper sua colaboração com a Rússia. "Não, absolutamente não. Foram bons parceiros, como todos os nossos parceiros, e queremos continuar a colaboração para que a estação espacial funcione até ao final da década", acrescentou.

O projeto ISS foi lançado em 1998 como símbolo do fim da Guerra Fria entre os Estados Unidos e a Rússia. A Nasa também pensa em encerrar o projeto para focar mais em programas espaciais comerciais, mas não antes de 2030.

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