Aos 23 anos Dora María Téllez liderou uma vitória sandinista sobre as forças de Anastasio Somoza Debayle (1967-1972). O golpe foi estratégico para derrubadar a dinastia na Nicarágua. A então estudante de medicina conhecida ser corajosa, marchou ao lado da junta guerrilheira para Manágua, após a fuga do presidente em 20 de julho de 1979.
Atualmente, 43 anos após este episódio que marcou a história recente da Nicarágua. Téllez está em uma solitária, sem luz e apresenta perda de peso significativa para seus 66 anos de idade. A ativista encontra-se em uma prisão no país que hoje é liderado por Daniel Ortega e Rosario Murillo.
A ex-guerrilheira e historiadora concedeu entrevista ao jornal El País que reporta seu estado de calamidade. Segundo a reportagem, a figura histórica do sandinismo é abominada pelo atual governo. "Ela perdeu mais de 15% do peso corporal, mas tem lidado bem com a prisão devido à sua experiência", disse um parente da presa política à reportagem
De acordo com o jornal, Téllez está presa desde junho de 2021, quando ela e outros ex-guerrilheiros históricos sandinistas, como opositores, jornalistas e todos os candidatos presidenciais que aspiravam o poder, foram presos por ameaçar a eleição de Ortega e Murillo. Os presos políticos já cumprem mais de um ano nas celas da Direção de Assistência Judiciária (DAJ).
O El país denuncia que a prisão é sombria e que as 'figuras da oposição são submetidas a tratamentos cruéis e desumanos', tratamento já denunciado por organizações internacionais de defesa dos direitos humanos das Nações Unidas.
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