Primeiro-ministro russo, Dmitry Medvedev, durante sessão do Fórum Internacional de Investimento
Reuters
Primeiro-ministro russo, Dmitry Medvedev, durante sessão do Fórum Internacional de Investimento "Sochi-2014" em Sochi

Nesta quarta-feira (6), o ex-presidente russo Dmitri Medvedev, um dos aliados de Vladimir Putin, falou novamente sobre uma eventual utilização das armas nucleares russas.

Ele descartou a possibilidade de punição ao país pela Justiça internacional, no mesmo momento em que o Tribunal Penal de Haia apura as acusações de crimes de guerra na Ucrânia.

"A ideia de punir um país que tem o maior arsenal nuclear do mundo é absurda por si só. E isto cria uma potencial ameaça à existência da Humanidade", escreveu no Telegram o atual vice-presidente do influente Conselho de Segurança da Rússia.

Medvedev aproveitou a situação para fazer uma crítica ao governo dos Estados Unidos, que acusou de desejar levar a Rússia à Justiça internacional, apesar de Washington nunca ter sido punido pelas guerras que iniciou em vários países do mundo e que, segundo o russo, deixaram 20 milhões de mortos.

Medvedev foi presidente de 2008 a 2012, em um período em que Putin deixou o cargo devido a uma limitação legal de mandatos e assumiu o cargo de chefe de Governo. O político, que também foi primeiro-ministro, era considerado uma figura moderada, mas desde o início da ofensiva russa na Ucrânia virou um dos principais críticos dos países ocidentais.

O Tribunal Penal Internacional (TPI) de Haia tem investigado os supostos crimes de guerra cometidos na Ucrânia pelas forças russas. A Rússia nega sistematicamente qualquer abuso atribuído a suas tropas como o bombardeio de civis, execuções sumárias ou estupros. Moscou, por sua vez, acusa a Ucrânia de crimes de guerra.

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