O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, afirmou nesta quinta-feira (30), que a decisão da Suprema Corte de revogar o aborto como um direito constitucional no país é "desestabilizadora". Ele acredita, no entanto, que a derrubada da lei conhecida como Roe vs. Wade não afeta o prestígio dos EUA no cenário mundial. A declaração foi dada no final de uma viagem de cinco dias, na qual se encontrou com aliados da OTAN em Madri, na Espanha, e com líderes do G7 nos Alpes da Baviera.
"Os Estados Unidos estão em uma posição melhor do que nunca para liderar o mundo”, afirmou Biden. "Mas uma questão que tem sido inquietante é a conduta incomum da Suprema Corte dos Estados Unidos em derrubar não apenas Roe vs. Wade, mas também basicamente ameaçar o direito à privacidade."
O evento ao qual Biden compareceu incluiu: o anúncio do presidente de planos para reforçar permanentemente a presença militar dos Estados Unidos da Europa; um acordo entre Turquia, Finlândia e Suécia para abrir caminho para a adesão de nações nórdicas à OTAN; e a atualização do conceito estratégico da aliança que reflete a ideia de que as "políticas coercitivas" da China são um desafios aos interesses do bloco ocidental.
Biden observou que a última vez que a Otan atualizou seu conceito estratégico, há 12 anos, a Rússia era caracterizada como parceira, e o documento nem mencionava a China. O novo documento produzido na cúpula muda isso.
"Acho que todos podemos concordar que esta foi uma cúpula histórica da Otan", disse Biden, dirigindo-se a repórteres em uma coletiva de imprensa de encerramento da cúpula. "O mundo mudou, mudou muito desde então. Esta cúpula foi sobre o fortalecimento de nossas alianças , enfrentando os desafios do nosso mundo atual e as ameaças que enfrentaremos no futuro."
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