G7 fará conferência internacional para reconstrução da Ucrânia
Reprodução/Twitter Olaf Scholz
G7 fará conferência internacional para reconstrução da Ucrânia

Os líderes do G7 planejam fazer uma "conferência internacional para a reconstrução da Ucrânia" para ajudar o país a se reerguer da guerra iniciada pela Rússia em fevereiro, destaca a declaração final do evento nesta terça-feira (28) após o encontro no Castelo de Elmau, na Alemanha.

"Nós estamos fortemente comprometidos em apoiar a reconstrução da Ucrânia através de uma conferência internacional", diz o comunicado firmado por Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido.

A proposta foi reforçada pelo anfitrião da cúpula, o chanceler alemão, Olaf Scholz, na coletiva final. Segundo o chefe do governo de Berlim, o "G7 está ao lado da Ucrânia de maneira inquebrável" e é preciso criar um "plano Marshall para Kiev" ser reconstruída.

"Estamos unidos. [Vladimir] Putin não deve vencer essa guerra e vamos continuar a manter o preço [do conflito] muito alto", afirmou aos jornalistas.

O comunicado final ainda acusa a Rússia de ser a principal responsável pela "dramática" crise alimentar que atinge o mundo atualmente por conta dos bloqueios para a exportação dos grãos ucranianos por via marítima.

Os líderes pedem que Moscou "ponha fim sem condições ao bloqueio dos portos ucranianos no Mar Negro" e pare "de destruir as infraestruturas portuárias de transporte, terminais e silos de armazenamento de grãos" no território da Ucrânia.

"Apoiamos fortemente a Ucrânia na retomada das exportações agrícolas para os mercados mundiais bem como os esforços das Nações Unidas para desbloquear um corredor marítimo seguro através do Mar Negro", ressaltam.

Como ação prática, o G7 se comprometeu a dar mais US$ 4,5 bilhões para "proteger os mais vulneráveis da fome e desnutrição, em um total de US$ 14 bilhões como nosso empenho comum para a segurança alimentar global neste ano".

"A guerra de agressão da Rússia contra a Ucrânia, incluindo seu bloqueio às rotas de exportação dos grãos ucranianos, está dramaticamente agravando a crise alimentar. Ela causou a interrupção da produção agrícola, das cadeias de fornecimento e do comércio e está determinando o preço mundial da comida e dos fertilizantes em níveis sem precedentes pelos quais a Rússia tem enorme responsabilidade", acrescentam os líderes.

O G7 ainda cobrou que a China, principal aliada dos russos, "faça pressão para que a Rússia pare com sua agressão militar e retire imediatamente e incondicionalmente suas tropas da Ucrânia".

Clima

O documento do G7 informa que os líderes decidiram criar um "clube do clima" para reforçar e ampliar a cooperação na luta contra as mudanças climáticas.

"Aprovamos os objetivos de um clube do clima internacional, aberto e cooperativo, e trabalharemos com os parceiros para instituí-lo até o fim de 2022", diz o comunicado final.

Segundo os líderes, a ideia é promover "uma ação urgente, ambiciosa e inclusiva para alinhar os percursos de 1,5°C e acelerar a implementação do Acordo de Paris" bem como firmar um compromisso entre as nações e a União Europeia para seguir por um caminho "altamente descarbonizado" até 2030 e "ter um setor energético completamente ou prevalentemente descarbonizado até 2035".

O G7 ainda se comprometeu a dar "prioridade" a passos "concretos e rápidos" para acelerar a eliminação gradual da energia elétrica que provenha de combustíveis fósseis.

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