A Rússia anunciou nesta terça-feira (14) que abrirá um corredor humanitário para a saída de civis que estão escondidos na área da indústria química Azot, em Severodonetsk, na região de Lugansk , informou a agência de notícias Tass .
E, mais uma vez, Moscou voltou a "convidar" os militares que estão no local a depor armas e a permitir a saída dos civis. "O corredor humanitário funcionará das 8h (hora local) às 20h", informou a nota do Ministério da Defesa, destacando que as pessoas serão levadas para Svatovo, também em Lugansk.
O governo da Ucrânia não confirmou a informação até o momento.
Nesta terça, o chefe da administração militar-civil da cidade, Oleksandr Stryuk, afirmou que há cerca de "540 a 560 civis" se refugiando nos abrigos antiaéreos dos constantes ataques dos russos. A mensagem foi publicada no Telegram, e repercutida pelo jornal "Ukrainska Pravda", e o representante ainda afirmou que há constantes tentativas de invasão por terra e "intensos combates".
A situação na Azot corre o risco de repetir o que foi visto no complexo siderúrgico Azovstal, em Mariupol , que acabou se tornando o último refúgio ucraniano enquanto a cidade era tomada pelas tropas russas.
Severodonetsk é uma das principais cidades da região de Lugansk que, assim como a província vizinha de Donetsk, integra a área do Donbass. Grupos pró-Rússia estão em luta contra Kiev por independência desde 2014 e sempre contaram com o apoio de Moscou no fornecimento de armas e treinamento militar.
Apesar do tempo de conflito, essas organizações não controlavam todo o território das duas províncias, que agora estão em disputa.
Em maio, a conquista do Donbass tornou-se o principal foco da guerra iniciada pela Rússia em 24 de fevereiro após o fracasso na tentativa de tomar a capital Kiev.
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